quarta-feira, 18 de abril de 2012

" Mudança"

 

Esperei pela minguante
Pois as luas que eram antes
Impediam meu chorar
Fiz acenos na partida
Da inconstância dessa vida
Mudo coisas de lugar
Tudo parte, quando finda
Algo nasce quando morre
Nada fica por si só
Quebrei um vidro na cozinha
Que é vazia de lembranças
Rosas já ficaram secas
Ou secaram as fragrâncias?
Viajo o céu na madrugada
Resto ao dia abandonado
Quis do sol
O seu olhar
Vou cumprindo meu destino
Procurando meu poente
Tudo segue para lá
E na água
Que mergulho
Volto á casa 
Volto ao ventre,Sal!
Saldo o choro
Meu sustento
Pra nascer
Em outro lugar.

Paulo Braulino. Abril de 2012

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