segunda-feira, 16 de abril de 2012

Comunidade gay reage a venda de livro de pastor homofóbico pela Avon



A Avon Brasil está no meio de uma polêmica que coloca em risco a imagem da marca de 125 anos no país. O motivo é o fato da empresa disponibilizar em seu catálogo mais de 400 títulos de livros de Silas Malafaia, pastor que mostra ter orgulho de ser o inimigo número um dos ativistas que lutam por direitos e pela igualdade de homossexuais no Brasil.

Segundo o pastor Silas Malafaia existe um plano do ativismo Gay para instaurar a “ditadura gay”  no Brasil. A falácia é apoiada por parlamentares como Magno Malta e o atual ministro nomeado por Dilma, Marcelo Crivella.

 A polêmica acirrou depois que a editora do pastor trouxe para o Brasil o livro, “A estratégia: o plano dos homossexuais para transformar a sociedade’’. O livro escrito pelo pastor Louis Sheldon é uma proposta pseudo-científica contra a causa LGBT. A obra usa de charlatanismo e conclusões baratas para colocar a população contra homossexuais. Sheldon Chega ao desatino de incluir a homossexualidade como o maior dos problemas em bairros mais pobres. Esse é o tipo de absurdo que teocratas falam e parece que ninguém levará  a sério. Mas infelizmente sempre tem que leva. Aqui no Brasil, Crivella com discurso bem parecido com o de Malafaia foi nomeado ministro pela presidenta, tornando-se dessa forma mais influente no Planalto.
 

No Brasil, embora a Constituição Federal não permita discursos e apologia a práticas que firam a dignidade humana, vem crescendo entre grupos conservadores a reivindicação por uma suposta liberdade absoluta de expressão, no caso a deles, pois todos que pensam diferente devem ser processados. Apesar de se orgulhar em ser inimigo número um do PLC122 e da causa Gay, hoje em seu programa, o pastor ameaçou processar quem o chama de homofóbico.


O Brasil está em primeiro lugar do mundo em assassinatos de LGBTs e nem mesmo isso parece sensibilizar a Multinacional AVON, No exterior a empresa foi premiada por promover a igualdade. Parece que por aqui prefere focar no público conservador, mas será que associar maquiagem à dogmas religiosos é mesmo um bom negócio?

 O mercado de cosméticos é um dos que mais cresce no mundo e o Brasil é o segundo consumidor, um erro estratégico pode ser fatal pra permanência de uma marca no mercado.

 Confira abaixo a resposta genérica que a AVON tem dado a vários ativistas:

 “A Avon tem como um de seus mais importantes pilares o respeito à diversidade, em todos os seus aspectos, e busca atender de forma ampla e democrática aos consumidores de mais de 100 países, oferecendo uma ampla variedade de cosméticos e outros produtos – entre eles os livros -, para atender à pluralidade de preferências, ideias e estilos de vida.
 No que se refere aos livros, oferecemos títulos já consagrados pelo público que espelhem essa diversidade, ainda mais forte em um país multicultural de dimensões continentais. Entendemos que não nos cabe questionar posicionamentos religiosos, políticos ou ideológicos dos autores dessas publicações, mas estamos sempre atentos a opiniões e pontos de vista como os seus, que serão considerados por nossa equipe para aperfeiçoar nossa seleção. Agradecemos por compartilhar sua opinião conosco.”


Ja existe uma petição publica contra a atitude da empresa , confira no link abaixo


Fonte: HypeG

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