sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Funcionários assumidos não prejudicam produtividade, diz estudo

O trabalho em equipe não é prejudicado se todos os funcionários forem transparentes a respeito de suas orientações sexuais. A produtividade, na verdade, pode até aumentar. É o que indica um estudo da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), nos Estados Unidos.

A pesquisa acompanhou, durante seis meses, um grupo de 50 alunos do sexo masculino, divididos em duplas, que tiveram que desempenhar tarefas cognitivas e de coordenação motora. Em determinados momentos, a parceria era formada com um estudante abertamente gay e, em outros, com um gay que não revelou sua orientação sexual.

Os resultados mostraram que as duplas com o parceiro abertamente gay tiveram desempenhos melhores nos dois tipos de testes - obtiveram 32% mais sucesso nas tarefas cognitivas, nas quais resolveram exercícios de matemática, e se saíram 20% melhor nas sensoriais, que consistiam em partidas de tiro no videogame Nitendo Wii.

Para os professores que conduziram a pesquisa, ambientes onde há exigência de segredo em relação a aspectos como a orientação sexual criam um clima de ambiguidade e incerteza que prejudica o desempenho das pessoas. O estudo foi conduzido para mostrar possíveis efeitos positivos do fim da política americana que proibia lésbicas e gays assumidos de servirem nas forças armadas - a proibição foi abolida em dezembro do ano passado. No Brasil, a lei ainda é ambígua e deixa margens para punição de militares assumidos.

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